terça-feira, 30 de abril de 2013

Iscas Naturais


Iscas naturais para água doce:

Apesar de estar em pleno crescimento à pesca com iscas artificiais, em face da grande divulgação e a sua real praticidade, a pesca com iscas naturais continua tendo grande aceitação, tanto na água doce como na salgada. 

A isca é um dos segredos de todo pescador, estabelecido pelas experiências adquirida em cada pescaria, a escolha da isca varia muito em função do peixe que iremos pescar. 

Lembre-se que o peixe é um animal irracional, segue instintivamente padrões de comportamento próprios de cada espécie, mas isto não é uma constante. 

As iscas  mais utilizadas pelos pesqueiros:

• Files de peixe, lambaris, tilapinhas, manjubinhas, sardinhas, cabeças de peixes, guelras, tuviras.  

•Minhoca, minhocuçu, bichinho de laranja. 

• Fígado de galinha, fígado de boi, coração de galinha, miudezas em geral. 

• Salsicha uma das mais utilizadas em pesqueiros, mortadela, salame, goiabada, presunto, queijo prato, queijo mussarela etc. 

• Frutos, João bolão, acerola, milho, goiaba, banana, mandioca, jabuticaba, amora, ameixa, coquinho, esses iscas tem bastante eficiência quando estamos pescando em lagos próximos as árvores que contenham os frutos citados, pois os mesmos caem na água servindo de alimentos para os peixes. 

• Rã, caranguejo, lesma, caramujo, Pão, Pão de Queijo etc. 

Essas são algumas das diversas iscas que podem ser utilizadas, podendo pegar diversos peixes, segue abaixo as iscas que devem-se utilizar para determinadas espécies: 

Tilapias e Cara: pega-se com minhoca, minhocoçu, bichinho de laranja, queijo, milho e massas em geral entre outras. 

Carpas: Massas são as mais indicadas para essa especial, variando gosto e aromas. 

Pacu, tambaqui e tambacu: Lambaris, tilapinhas, minhocoçu, salsicha, goiabada, queijo, frutos em geral, pão-de-queijo, pão entres outras. 

Trairas: Lambaris, tilapinhas, minhocoçu, miudezas em geral. 

Matrinxã: Lambaris, tilapinhas, minhoca, minhocuçu, salsicha. 

Pintado e Cachara: A isca mais utilizada é a salsicha, mas também pode-se pegar com minhocoçu, tilapinha, lambari, tuviras. 

Pirarara: Essa come de tudo, pode-se pesca-la com files de peixe, lambaris, tilapinhas, manjubinhas, sardinhas, cabeças de peixes, guelras, tuviras, salsicha, minhoca, minhocuçu, fígado de galinha, fígado de boi, coração de galinha, miudezas em geral, queijo. 

Essas são algumas das espécies que encontramos em pesqueiros que podem ser capturadas com as iscas indicadas. 

Em pescarias de rios quando utilizamos as iscas naturais, devemos conhecer as preferências dos peixes locais para conseguirmos maior sucesso na pescaria. 

Geralmente as iscas se encontram a disposição, no próprio local da pescaria, sendo necessário apenas coletá-las antes da pescaria. 

A utilização de mais de um tipo de isca, também pode ser uma alternativa produtiva. 
Algumas iscas são mais utilizadas, entre elas, podemos destacar: 

Tuvira ou piramboia: 
É de fácil manejo e bastante resistente, pode ser fisgada tanto nas costas como no rabo, é utilizada viva. 

Lambari: Peixe de pequeno porte, comumente encontrado em lagoas, pode ser fisgado pelas costas para que continue nadando, atraindo assim os peixes com maior eficiência. 

Pitu: 
Camarão de água doce, podendo ser utilizado vivo ou morto alguns, peixes como o Pacu, são apreciadores de algumas frutas. 

Minhocas e minhocoçu: 
Talvez a isca mais conhecida para a pesca em água doce, pode ser encontrada com muita facilidade e possui grande eficiência na captura de diferentes peixes. 

Para as espécie de peixes predadores pode-se utilizar pequenas espécie de outros peixes como piranha, piau, trairinha entres outros, para serem utilizados como iscas, pegando peixes de grande porte. 
Iscas naturais para água salgada:

Os camarões são as principais iscas naturais servindo para todas as espécies de peixes de água salgada, Também existe o camarão de água doce que é conhecido como pitu, que por sua vez é igual- mente apreciado por uma grande quantidade de espécies de peixes de água doce, podem ser utilizados tanto vivos como mortos. 

Os camarões vivos podem ser eficientes em locais próximos à estruturas submersas com pouca profundidade (inferior a 15 metros) e próximos a estruturas como galhadas, píer, canais, costões, etc. 

Já o camarão morto pode ser utilizado em todos os tipos de ambiente, uma informação muito importante é a utilização de exemplares frescos e de espécies do ambiente de pesca, evitando levar camarões de outras localidades. Se você for congelar os camarões para uma pescaria em locais distantes (embarcado) ou para pescar em alguns dias, retire a cabeça e mantenha as cascas, durante a pescaria, principalmente nos dias quentes, descongele os camarões por porções, ampliando o tempo de qualidade da isca. 

Além do camarão podemos destacar outras iscas que podem ser utilizadas: 

Lula: 
Muito utilizada nas pescas de fundo por ser uma isca mais firme. Boa para pesca de Garoupas e Badejos entre outros. 

Corrupto: 
Encontrado nas praias, pode ser coletado com antecedência. Altamente eficaz para a pesca de praia. 

Sardinha: 
Isca muito versátil, dependendo do peixe que se pretende capturar a sardinha poderá ser utilizada de diferentes formas. 

Uma dica é salgar a sardinha uma semana antes da pescaria, fazendo com que ela fique mais dura, facilitando sua fixação no anzol. Pode ser utilizada em pedaços ou inteira. 

Tatuí: 
Facilmente encontrado na areia, é uma boa isca para a pesca de praia. 

Baratinhas: 
Boa para pescar em costões, local onde vivem. 

Sarnambi: 
Tipo de concha encontrada na areia da praia, abre-se a concha para a retirada do molusco que é colocado no anzol. 

sexta-feira, 26 de abril de 2013


A pesca desde a pré-história

A relação do homem com os peixes, é tão antiga quanto a história. Sem ainda ter desenvolvido as formas de tradicionais de cultivo da terra e criação de animais, as sociedades primitivas praticamente dependiam da pesca como fonte de alimentos.

Restos de cerâmicas usados no preparo da comida, cascas de ostras e mexilhões encontrados na Escandinávia confirmam que, antes mesmo da captura dos pescados com equipamento apropriado, o homem primitivo era um coletor de moluscos.

O anzol - como instrumento para captura de peixes - só viria a ser criado algumas centenas de anos depois, bem como as primeiras redes de pesca com o desenvolvimento da tecelagem primitiva, já no fim da Pré-História.

Apesar de desde os primórdios o homem já se alimentar fundamentalmente de carne de peixes, ele iria se lançar ao mar em busca de boas pescarias apenas no Império Romano. Até então, pescar era uma atividade restrita aos lagos e realizada pelos escravos.

Porém, com o aparecimento do cristianismo, os peixes passaram a ser vistos como refeição nobre. O consumo cresceu consideravelmente e a pesca marítima se estabeleceu. Além disso, houve também progressos no modo de conservação da carne de peixe. Se na Grécia Antiga e Egito os antigos mantinham o peixe apenas em sal, os romanos, foram quem introduziram a conserva de peixe em azeite.

Na Idade Média, o peixe se transforma em ouro. Usado como moeda de troca entre os senhores feudais e camponeses, era comum que o pagamento da renda da terra fosse feito em peixe ou óleo de peixe. Outro impulso significativo à atividade se deu no final do século 4, por incentivo dos monges que começaram a fabricar redes apropriadas para a pesca marítima.

Os registros históricos do século 7 mostram que nessa época a pesca já tinha se tornado uma atividade popular e o consumo de peixes estava consolidado entre os europeus.

Fosse no Mediterrâneo, no Mar Báltico ou no Mar do Norte; fossem os pescadores escandinavos, ingleses, vikings ou lordes, quanto mais se pescava mais sofisticados se tornavam os equipamentos de pesca. Também o gosto do europeu ia se sofisticando: enquanto as populações rurais consumiam arenque, atum salgado e carne de baleia; a aristocracia se regalava com salmão, lagosta e pescados mais finos.

No Brasil, a geografia generosa de grandes rios e afluentes sempre favoreceu a atividade, de modo que mesmo antes do descobrimento a pesca já havia se estabelecido entre os indígenas. Quando os portugueses aqui atracaram, encontraram tribos nativas com seus métodos próprios para a construção de canoas e utensílios para a captura de peixes.

Mais tarde, com a colonização, a chegada de diferentes povos no território nacional e a miscigenação, verificou-se um desenvolvimento ainda mais significativo na pesca. Além do sonho de construir um pedaço da Europa no Brasil, essa gente trouxe seu conhecimento, suas receitas e temperos, estimulando a efetiva introdução do peixe na culinária brasileira.

Registra-se também a influência da pesca no aspecto socioeconômico do país, visto que várias cidades litorâneas se formaram a partir de núcleo de pescadores, no decorrer dos distintos ciclos de nossa história (plantações de cana-de-açúcar e café, bandeiras de mineração e extrativismo). Tradição esta que persiste até hoje na Amazônia, onde a localização das comunidades não corresponde a rua, ou bairro, mas sim aos afluentes dos rios.

Como se vê, não é engano dizer que a pesca habita a alma da nossa gente. Pode até ser que ao turista mais desavisado fique a impressão que para a boa pescaria o destino provável seja apenas o Pantanal ou a Amazônia. Mas seria um engano. Sejam as frias águas capixabas, os riachos paulistas do interior ou os ribeirões mineiros, aqui neste Brasil nunca ter caboclo, índio ou ribeirinho que ficasse sem peixe bom para pescar.

segunda-feira, 22 de abril de 2013


Pesca Pinheiros


Seguramente uma das mais antigas de São Paulo e atualmente das mais modernas, a Pesca Pinheiros, fundada pelo "velho" Edison, faz história no ramo da pesca esportiva, apresentando sempre materiais de primeira qualidade, arregimentando e conseguindo clientes logo transformados em amigos que por mais de quarenta anos não a abandonaram, descontando-se apenas aqueles que agora "estão pescando nas Águas do Senhor".
 Os mais antigos onde com felicidade me incluo a conheceram como Casa e Pesca de Pinheiros, quando e desde então fizeram dela quase que sua "segunda" casa onde rolavam soltos casos de inesquecíveis pescarias, sempre regados de amizade e bom humor.
Ainda recordo dum papo com o "velho Edison" onde me contava que veio do interior de São Paulo para servir ao Exército, trabalhar para realizar o seu sonho de comprar um motor de 15HP, voltar para Bariri e se tornar um pescador profissional.
 Graças a Deus fez muito mais que isso, fundou com seu irmão a "Gonçalves Armas", que dirigiu por muito tempo até sentir a necessidade de abrir novos horizontes. Em 1970 deixou-a para os sobrinhos e saindo do centro da cidade veio para o "interior" como poderia ser chamado na ocasião o bairro de Pinheiros onde com seu ímpeto de empreendedor começou tudo de novo numa comprida e estreita loja na rua Martim Carrasco 79, não do "zero" desta vez, pois, já trazia na bagagem conhecimentos da pesca, seus materiais e um grande número de clientes e porque não dizer, amigos.
Em 1977 mudou de lado na mesma rua, indo para o número 68 onde na verdade poderíamos considerar o primeiro salto para o futuro efetuado pela loja que dirigiu, até passar o comando para o Edisinho, responsável pelas grandes transformações da mesma que chegou a ter quatro vezes o seu tamanho original para poder receber os clientes e amigos em memoráveis sábados.
Hoje com o advento da Internet - onde as vendas virtuais tocadas pelo Arthur já atingem compradores do Brasil inteiro - ela está no tamanho ideal para ser tocada como sempre com tino comercial, mas sem, no entanto, esquecer da maneira acolhedora como sempre receberam os clientes.
São comuns as viagens ao exterior em busca das novidades em materiais de pesca e as de seus vendedores aos "pesqueiros" mas comentados do Brasil inteiro, buscando informações que logo passarão aos clientes.
Se quiserem comprovar o que digo basta aparecerem por lá e certamente serão muito bem recebidos, quem sabe até nos encontremos!

Antonio Carlos Cravo